Autocontrole - O segredo é a alma do negócio

Você se irrita quando perguntado a respeito de sua pontuação e do seu desempenho em provas? Questiona-se internamente: “O que tanto querem saber? Qual a finalidade desta invasão e de comparações?”. O que você faz com tudo isso? Procura omitir dados, desconversando quando perguntado de como foi em tal prova? Fica constrangido em dar limites a alguns colegas, que de tão curiosos precisam medir o seu resultado tomando por base o seu desempenho? Isso te incomoda? Que saídas existem para estas situações? E aqueles candidatos que estão em uma segunda fase de exame, como devem se conduzir num momento em que mais precisam de seu controle emocional para dar conta da expectativa - que é a de se ver diante de um resultado favorável? É hora de ficar em silêncio.

Muitos são os questionamentos destes que estão envolvidos em grandes expectativas e que ainda sofrem com comentários dos seus colegas de convívio. Coloque-se no lugar destas pessoas - se fosse você, iria querer alguém fazendo perguntas ao seu lado sobre como é que você chegou aonde chegou (seja mantendo-se motivado para os seus estudos, seja driblando a sua vida pessoal, sua necessidade de manter-se trabalhando e estudando para concursos, seja o caso de estar numa segunda fase, num exame oral e até mesmo no aguardo de um resultado da avaliação psicológica ou de títulos)?

Seja qual for o seu caso, já está vivendo as suas próprias inquietações e nem precisa de outras demandadas por pessoas alheias ao seu processo, que visam apenas a retirar uma parcela do que tem construído, assim como quem deseja pegar um pouco do seu autocontrole, distribuir a própria insegurança para que então se equilibre na sua estrutura. Apenas não abra a retaguarda. Dissipe como quem espanta bolhas de sabão. Diga o que querem ouvir. Fale apenas o que quer que saibam a seu respeito. Como é que deseja ser visto pelas pessoas de seu convívio? Como deseja que reconheçam você: seguro, constante, persistente, sério, discreto... Utilize estratégias de proteção para que não lhe invadam e lhe deixem incomodado.

Procure manter-se estável, sem contrariedades deste tipo. Pois são espécies de ataques à sua segurança, buscando desfazer a sua potência e saborear algo que não conhecem e não desfrutam por não encontrarem em si mesmos tal força condutora. Na verdade, querem desalinhá-lo desta direção, querendo para si o que veem em você.

Guarde-se apenas para os amigos especiais e para os que torcem por você e escolha muito bem com quem deseja compartilhar aspectos que são de fórum íntimo. Blinde-se contra os curiosos.


* Luiza Ricotta é psicóloga de candidatos a concursos públicos pelo curso FMB, coach de performance pessoal e profissional. Prof. universitária e autora de livros.

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