Anulação do concurso do TRE-PE mobiliza professores e candidatos

O tribunal promete nova seleção, mas ainda não há previsão de datas. Acompanhe o que deve ser feito enquanto não sai a resolução definitiva

Na última semana, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco, o desembargador Roberto Lins, anulou o concurso público para ingresso na instituição, após várias denúncias pelos candidatos ao órgão e ao Ministério Público. As provas para os cargos de técnico judiciário e analista de sistemas, realizadas no dia 17 de janeiro, foram aplicadas pela Fundação Conesul de Desenvolvimento, que, segundo o TRE, cometeu algumas irregularidades. A decisão, apesar de causar muitos prejuízos aos candidatos, foi acatada com otimismo por alunos e professores. A dúvida, agora, é saber quando haverá uma nova seleção para o órgão.

“Todo o contrato será anulado e muito provavelmente não haverá mais concurso este ano, porque não temos tempo hábil para a homologação acontecer até julho, por conta das eleições”, afima o presidente da comissão do processo seletivo, Marcos Capela. Segundo ele, como uma das sanções impostas à empresa foi a devolução do dinheiro pago antecipadamente, a Conesul deve recorrer da decisão e, até a sentença não se tornar definitiva, o TRE não abrirá novo processo licitatório para escolha de outra organizadora. “Acredito que a resolução não irá se estender muito por conta da demanda”, analisa o desembargador do Tribunal Regional Federal, Manuel Erhardt.

De acordo com Capela, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral - que se encontra no site da instituição - foi baseada em irregularidades expostas no relatório da comissão do concurso. “Foram irregularidades sérias e temos provas. Além disso, eles não tinham licença para atuar na região”, expõe Capela, afirmando que o Conselho de Administração apena solicitou o registro após a empresa ter sido contratada.

Sobre as acusações e a rescisão do contrato, a Fundação Conesul de Desenvolvimento disse não ter sido notificada oficialmente e, portanto, não irá se pronunciar a respeito. “Nada ainda foi provado, então só vamos falar quando recebermos um comunicado oficial. Para nós foi uma grande surpresa essa anulação, porque não tivemos problemas com questões vazadas, nem com celulares, o número de fiscais foi a quantidade exigida, e é muito estranho que essa decisão venha depois de tanto tempo da realização da prova. Por isso que acho que isso não é verdadeiro”, reclama o diretor da Conesul, Renato Germani.

Fonte:folhape

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